26 de abr. de 2009

Das coisas que permanecem


Depois de dois anos morando fora, voltei para casa dos meus pais. Remexendo em minhas coisas (que a essa altura já foram parar na garagem) encontrei minhas agendas: os diários da minha adolescência, tempo em que o maior problema da minha existência era Felipe Mendonça do 1° C não retribuir meus olhares.

Mas entre papéis de chocolate e poesias do Vinícius, encontrei vestígios da mulher que sou hoje. Do alto dos meus 14 anos já detestava filmes dublados, donzelices, pessoas mal vestidas e festas de debutante. Descobri também que minha maior felicidade ao trocar de turma no primeiro ano de escola foi descobrir que nela só havia 10 meninos e 32 meninas(!!!). Mas nem adianta pensar: que sapinha safada! Nessa época eu estava ocupada demais em ter paixões platônicas por meninos que não davam a menor bola para mim. Além do mais, em breve descobria que a maioria das 32 era insuportável, que os meninos eram muito mais legais e que eles é que seriam meus amigos durante todo o 2º grau.

Lembrei de como eu me sentia diferente dos outros (e gostava disso!), do meu gosto por escrever, da paixão pela poesia, de como eu me sentia segura por ser quem eu era e por minha beleza fora dos padrões. Eu já estava ali. Não importa o quanto a escola e os outros tentassem me dizer que o certo é ser igual, que existe um Deus cruel e vingativo, que mulher que anda fora da linha pode ser chamada de puta ou sapatão (eu fui chamada dos dois, claro! e sem motivo, juro!) e que a felicidade está endereçada só pra quem chegar ao fim daquela linha sem ter pisado fora.

E foi ali, em meados de abril 1996, que dei de cara com uma frase esquecida desde então, e que hoje entendo melhor: "Faze do teu delito o vão que te permite ver o sol". Como se com a minha sabedoria larga e rasa de 14 anos, eu tivesse colado ali aquele conselho sabendo que 13 anos depois o teria posto em prática.

Mesmo que o meu "delito" tenha ocorrido pra lá do arco-íris, tão longe de casa e do olhar tão crítico da minha mãe, sinto-me orgulhosa dos meus "pecados" e do caminho ensolarado que percorro desde então.

ah! a frase é da Cássia Eller ;)


12 de abr. de 2009

Café da Manhã em Plutão


Depois de ser abandonado por sua mãe na porta do padre Bernard, Patrick cresce notanto o quanto é diferente dos outros meninos mas não deixando sua natureza por nada nesse mundo.
Até o dia que decide ir a Londres para encontrar sua verdadeira mãe.
Mais uma comédia gay deliciosa.

"Uma história colorida de Neil Jordan. uma irritantemente maravilhosa comédia. que celebra o poder da imaginação". (Stephen Holden, The New York Times).

Atenção para os botões bordados na camisa do uniforme. rs

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Aproveitem e boa páscoa!

1 de abr. de 2009

Descoberta a origem genética da homossexualidade

Uma junta de cientistas europeus e asiáticos apresentou um polêmico estudo sobre as origens da homossexualidade.

Os resultados confirmam a existência do gene gay e sugere que ele se encontra nas células reprodutivas masculinas, reforçando a visão de que a homossexualidade faz parte da vasta diversidade genética do homem, ou seja: é uma condição natural.

Devido a seu conteúdo altamente controverso os cientistas foram atacados por diversas entidades conservadoras e as pesquisas foram interrompidas.
Em sinal de protesto, espermatozóides gays ganharam a rua exigindo o seu reconhecimento.